segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha mãe tinha razão: A escola é um templo sagrado!

“Se você faz planos para um ano, semeie arroz.
Se faz planos para dez anos plante árvores.
Se faz planos para cem anos, eduque, instrua o povo.”



Minha inesquecível mãe Antônia no vigor de sua intensa vida, apesar de efêmera sua passagem pela terra por que morreu aos 46 anos de idade, sempre repetia para mim e o meu querido irmão Ivan que seu sonho era ver seus filhos formados. Dizia que filho de pobre não tinha outro caminho: estudar, estudar e muito para ser alguém na vida, alcançar sucesso profissional e ser feliz com sua família.

Mamãe era analfabeta e só sabia escrever, sabe-se lá como, o seu jogo de bicho com suas preferidas centenas. Dona Antônia dizia que a escola era um templo sagrado igual à família e que eu e meu irmão tínhamos que respeitar profundamente os mestres em sala de aula e estudar sempre.

Hoje nas minhas caminhadas pelas comunidades vejo o quanto minha mãe tinha razão. Estudar é o melhor e único caminho para os filhos dos trabalhadores fugiram do crime, das drogas, da prostituição e da miséria. Infelizmente o país na educação convive com graves problemas. É crescente a evasão escolar. Nossas crianças entre 7 e 10 anos estão fora da escola. Temos 10% de analfabetos adultos. Apenas 13% dos jovens acima de 18 anos estão no ensino superior.

O resultado do desempenho do Estado do Rio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi desanimador. No ensino médio, na rede pública nosso estado alcançou o índice de 2,8 e ficou com a penúltima posição, só superando o Piauí. Acorda governador Sérgio Cabral! Cadê a Alerj que não questiona?

Sou defensor de modo intransigente de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Somos contra as terceirizações e privatizações na escola pública. Educação de qualidade se faz com profissionais de educação concursados e valorizados. É vergonhoso o achatamento salarial dos profissionais de educação ao longo dos anos. Isso fere a dignidade profissional. Um recente edital da Secretaria Estadual de Educação para preenchimento de vaga para professor, com carga horária de 16 horas, oferecia um mísero salário de R$ 732,00. Acorda governador Sérgio Cabral! Cadê a Alerj que não questiona?

Sou defensor da escola de tempo integral, viva e participativa com ensino integrado à realidade do aluno, de sua comunidade e região, e que proporcione a formação de um cidadão livre e com consciência crítica.

Uma Educação de qualidade se faz com a educação integral, escolas adequadas e apropriadas, uso da tecnologia e informática, valorização profissional, concursos públicos, participação de alunos e pais nas escolas, eleições diretas para diretores de escola e, sobretudo, com a aplicação efetiva de 25% do orçamento dos governos preconizados pela Constituição Federal na educação pública.

Essa é minha luta em prol de nossas crianças e em respeito à memória de minha inesquecível e eterna mãe, Antônia da Conceição de Lima (1930 a 1976).


Almir Paulo

Retirado do jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá - Ano 5 Nº45 Agosto 2010

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