terça-feira, 25 de maio de 2010

Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra

Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra

*Almir Paulo

“Para o mal triunfar, basta que homens de bem se omitam”.

Em abril passado, 143 países estiveram presentes na I Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e os Direitos da Mãe Terra, realizada em Pacha Mama, Cochabamba, Bolívia.

Da Bolívia, no coração da América do Sul, ouviu-se um grito humaníssimo pela Mãe Terra: se não mudarmos o sistema, o clima continuará mudando e tornará inabitável o planeta. Urge uma revolução cultural para que façamos do necessário o suficiente. Praticando o 'bem viver', que é a vida em plenitude, na dignidade do ser e não na acumulação e desperdício do ter. A
Conferência elaborou a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra, na qual publicamos na íntegra.

Faço um apelo aos mestres e alunos das escolas públicas e particulares e aos líderes comunitários, bem como aos leitores do nosso jornal, que leiam e faça uma reflexão e o debate da presente Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra. E, depois venham participar dessa luta em defesa da vida e de nossa Mãe Terra!


Projeto de Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra

Anteprojeto (abertos a adendos e correções)

Elaborado na Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática e Direitos de Pacha Mama, Cochabamba, Bolívia, abril de 2010.

Preâmbulo

Nós, os povos e nações do mundo, considerando que todos e todas somos parte da Mãe Terra, uma comunidade indivisível e vital de seres independentes, inter-relacionados e com um destino comum:

  • Reconhecendo com gratidão que a mãe terra é fonte de vida, alimento e ensinamento, e provê tudo o que necessitamos para viver bem;

  • Reconhecendo que os modelos econômicos atuais não estão em harmonia com a Mãe Terra, pois produzem depredação, exploração e abuso, e têm causado grande sucção, degradação e alteração da Mãe Terra, colocando em risco a vida como hoje a conhecemos, produto de fenômenos como mudança climática;

  • Convencidos de que em um sistema independente não é possível reconhecer direitos somente para a parte humana sem provocar um desequilíbrio de todo o sistema;

  • Afirmando que para garantir os direitos humanos é necessário reconhecer e defender os direitos da Mãe Terra e todos os seres, e que há culturas que o praticam e que o fazem;

    Conscientes da urgência das ações coletivas para transformar as estruturas que causam o câmbio climático e outras ameaças à Mãe Terra. A ASSEMBLÉIA GERAL PROCLAMA A PRESENTE DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA MÃE TERRA, com propósito comum, para todos os povos e nações do mundo, a fim de que tantos os indivíduos quanto às instituições se responsabilizarem por promover - mediante ensinamento, educação, conscientização e respeito a esses direitos- essa Declaração, e assegurar com medidas e mecanismos imediatos e progressivos, de caráter nacional e internacional, seu reconhecimento e aplicações universais efetivas entre todos os povos e estados membros:


Artigo 1 – A Mãe Terra é um ser vivo


  • A Mãe Terra é uma comunidade única e indivisível, autorregulada, de seres inter-relacionados, que sustém, contém e produz todos os seres;

  • Cada ser se define por suas próprias relações como parte integrante da Mãe Terra.

  • Os direitos inerentes da Mãe Terra são inalienáveis e derivam da mesma fonte de existência;

  • A Mãe Terra e todos os seres têm seus direitos reconhecidos nesta Declaração, sem distinção e nenhum tipo de discriminação entre seres orgânicos e inorgânicos, espécie, origem, uso para os seres humanos ou qualquer outro status;

  • Assim como para os seres humanos existem direitos, todos os seres da Mãe Terra têm direitos que são específicos à sua condição e apropriados para sua região e função dentro da comunidade nas quais existem;

  • Os direitos de cada ser estão limitados pelos direitos de outros seres e qualquer conflito entre esses direitos deve se resolver de maneira a manter a integridade, equilíbrio e a saúde da Mãe Terra.

    Artigo 2 – Direitos inerentes da Mãe Terra

  • A Mãe Terra e todos os seres que a compõe têm os seguintes direitos inerentes:

    1. Direito à vida e existência;

    2. Direito de ser respeitada;

    3. Direito à continuação de seu ciclo e processos vitais, livres das alterações humanas;

    4. Direito de manter sua identidade e integridade como ser diferenciado, autoregulado e inter-relacionado;

    5. Direito à água com finte de vida;

    6. Direito ao ar limpo;

    7. Direito à saúde integral

    8. Direito a estar livre da contaminação, da poluição e de dejetos tóxicos e radioativos;

    9. Direito de não ser alterada geneticamente e não ser modificada em sua estrutura, ameaçando sua integridade ou funcionamento vital e saudável;

    10. Direito a uma restauração plena e pronta pelas violações aos Direitos reconhecidos nesta Declaração, causadas pelas atividades humanas;

  • Cada ser da Mãe Terra tem direito a um lugar e a desempenhar seu papel da Mãe Terra, para seu funcionamento harmônico;

  • Todos os seres têm o direito ao bem estar e a viver livre de tortura ou trato cruel pelos seres humanos.


Artigo 3 – Obrigações dos seres humanos para com a Mãe Terra

  • Todos os seres humanos, estados partes e todas as instituições públicas e privadas devem:

    1. Atuar de acordo com os direitos e obrigações reconhecidas nesta Declaração;

    2. Reconhecer e promover a aplicação e implementação plena dos direitos reconhecidas nesta Declaração;

    3. Promover e participar da aprendizagem, análises, interpretações e comunicação sobre como viver em harmonia com a Mãe Terra, de acordo com esta Declaração;

    4. Assegurar que a busca pelo bem estar do ser humano contribua para o bem estar da Mãe Terra, agora e no futuro;

    5. Estabelecer e aplicar efetivamente normas e leis para a defesa, proteção e conservação dos direitos da Mãe Terra;

    6. Respeitar, proteger, conservar e, quando for necessário restaurar a integridade dos ciclos, processos e equilíbrios vitais da Mãe Terra;

    7. Garantir que todos os danos causados por violações humanas dos direitos inerentes reconhecidos nesta Declaração sejam retificados, e que os responsáveis assumam o papel de restaurar a integridade e a saúde da Mãe Terra;

    8. Conceder o poder aos seres humanos e instituições para que defendam os direitos da Mãe Terra e de todos os seres;

    9. Estabelecer medidas de precaução e restrição para prevenir que as atividades humanas conduzam à extinção de espécies, à destruição de ecossistemas ou alteração dos ciclos ecológicos;

    10. Garantir paz e eliminar as armas nucleares, químicas e biológicas;

    11. Promover e apoiar práticas de respeito à Mãe Terra e de todos os seres de acordo com suas próprias culturas, tradições e costumes;

    12. Promover sistemas econômicos em harmonia com a Mãe Terra, de acordo com os direitos reconhecidos nesta Declaração.

Artigo 4 – Definições

  • O termo ser inclui os ecossistemas, comunidades naturais, espécies e outras identidades naturais que existem como parte da Mãe Terra,

  • Nada nesta Declaração poderá restringir o reconhecimento de todos os direitos inerentes dos seres ou de qualquer ser em particular.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá - Ed. 43 - abril de 2010

Caros amigos e companheiros de luta, a edição 43 (abril de 2010) do Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá já saiu do forno, em meio impresso e meio digital, divulguem a todos!!!

Abraços e boa leitura.

Almir Paulo.

Agenda do Mês de Maio: Almir Paulo – G50/PSOL


“Se és capaz de indignar-te diante de qualquer injustiça, estejas onde estiveres, então somos companheiros”. Che Guevara

Companheiros e Companheiras, todas as terças-feiras, a partir de 4 de maio, das 19:00 às 20:30 hs, no Restaurante Caldeirão, estaremos reunindo a Coordenação da Campanha da Baixada de Jacarepaguá, com o objetivo de tocar o dia a dia da campanha. A reunião é aberta a participação de todos do Grupo 50. E quem quiser resolver pessoalmente comigo qualquer questão, problema e encaminhamento, lá estarei a partir das 18h.

Dia 4 de maio, terça-feira, das 19 às 20h:30, reunião aberta da Coordenação Provisória da Baixada de Jacarepaguá da Campanha Almir Paulo.

Dia 6 de maio, quinta-feira, a partir das 18h, Plínio de Arruda Sampaio (Candidato a Presidente pelo PSOL), vem ao Rio para um grande debate sobre as eleições 2010. Também participam Miltom Temer (pré-candidato ao Senado), Jefferson Moura (pré-candidato a governador), os parlamentares Chico Alencar, Marcelo Freixo, Eliomar Coelho e Renatinho (Vereador em Niterói). Local: IFCS-UFRJ – Largo de São Francisco.

Dia 8 de maio, sábado, das 10 às 12h, Comemoração do Dia das Mães com bolo, diploma, rosas e panfletagem do Jornal Abaixo-Assinado no Largo da Taquara (Nobreza).

Dia 8 de maio, sábado, das 10 às 13 horas, na Rua Moraes e Vale, nº 5 – Lapa, reunião do Conselho Político do Mandato Chico Alencar em pauta a organização da campanha a reeleição do nobre deputado federal.

Dia 10 de maio, segunda-feira, 18h, na Câmara Municipal do Rio, o vereador Eliomar Coelho e o deputado Chico Alencar vão homenagear Frei Leonardo Boff com a Medalha Pedro Ernesto.

Dia 11 de maio, terça-feira, 19h, reunião do Núcleo do PSOL de Jacarepaguá, no Restaurante Caldeirão.

Dia 14 de maio, sexta-feira, 19h, Festa de Aniversário do companheiro Ivan Paulo, na Cidade de Deus – Estrada do Gabinal, 2106 - Bloco 3.

Dia 18 de maio, terça-feira, das 19 às 20h:30, reunião aberta da Coordenação Provisória da Baixada de Jacarepaguá da Campanha Almir Paulo.

Dia 22 de maio, sábado, 16h30, no Restaurante Caldeirão, reunião do Grupo dos 50 para debater as propostas de Cultura e Meio-Ambiente para o programa de lutas da campanha.

Dia 29 de maio, sábado, das 15 às 18h, realização de um Curso Especial sobre a História do Socialismo no Mundo e no Brasil na luta contra o Capitalismo - De Karl Marx ao Século 21 - Qual o futuro do Socialismo na América Latina? (Local a definir)

Dia dos Namorados venha comemorar na Festa do Grupo dos 50

Jantar Baiano: 12 de junho, a partir das 20h, no Restaurante Caldeirão.

Convite R$ 20 (vinte pratas). Imperdível

Pesquisadores lançam blog sobre a Baixada de Jacarepaguá

Os professores Val Costa e Luciana Araujo lançaram, no final do ano passado, um blog para divulgar as suas pesquisas sobre a Baixada de Jacarepaguá. Nele, os pesquisadores expõem os seus artigos e avisam sobre as palestras e eventos que participam. O objetivo é desenvolver um espaço virtual dinâmico, onde moradores, pesquisadores ou apaixonados pela região possam contribuir com fotos e textos. Se você tem uma foto antiga, imagem ou documento sobre a Baixada de Jacarepaguá, mande para o blog que os pesquisadores terão prazer em postá-la.

O endereço do blog: http://barra-jpa.blogspot.com/

E-mail para contato: barra-jpa@hotmail.com

Solidariedade ao mestre Miguel Baldez


O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá presta sua solidariedade ao professor Miguel Baldez, que após 42 anos de trabalho, foi demitido da Universidade Cândido Mendes por defender ensino superior de qualidade e garantias trabalhistas.
Nossa solidariedade ao mestre Miguel Baldez tem por objetivo homenagear a trajetória de luta de Baldez já que boa parte dos seus 80 anos de idade foram dedicados à luta em defesa dos oprimidos sempre ao lado dos movimentos sociais e por uma sociedade mais justa e igualitária.

Doação e apoio as vítimas das enchentes


Jornal Abaixo Assinado e Personal Studio
se juntam para ajudar as vítimas das enchentes na Baixada de Jacarepaguá.

As chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Rio de Janeiro no início de abril deixaram milhares de desabrigados e desalojados. Na Baixada de Jacarepaguá, a situação também não foi diferente. Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande, Praça Seca e a comunidade de Santa Maria foram as áreas mais atingidas pelas chuvas. Muitas dessas pessoas perderam tudo e só possuem a roupa do corpo. Visando amenizar essa situação, o JAAJ e a Personal Studio irão recolher alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e roupas para doar às vítimas das enchentes. A sua participação é essencial!

Local para doações: Estrada do Tindiba, 185 sala 104 – Pechincha das 17h às 21h.
Telefone (21) 3327-4007 – Prof. Jéferson.