quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL E UM ANO DE 2010 DE MUITA PAZ, MUITA LUTA E REALIZAÇÕES!!!


Se queremos alcançar a verdadeira paz nesse mundo e se queremos desfechar uma guerra verdadeira contra a guerra, teremos de começar pelas crianças; se crescerem com a sua inocência natural, não teremos de lutar; não teremos de tomar resoluções ociosas e infrutíferas, mas seguiremos do amor para o amor, da paz para a paz, até que finalmente todos os cantos do mundo estarão dominados pela paz e pelo amor, pelo que o mundo inteiro está ansiando, consciente ou inconscientemente.

(Mahatma Gandhi)

Feliz Natal e um Ano Novo de Muita Luta, Paz e Felicidade, são os votos de Almir Paulo e família.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mesmo estudando mais, pobre tem dificuldade para ser empregado, diz Ipea


Estão desempregados 34,5% deles com 11 ou mais anos de escolaridade.
Ao mesmo tempo, somente 9,4% dos analfabetos pobres não têm emprego.


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo nesta terça-feira (22) que mostra que 34,5% dos pobres, com mais de 11 anos de escolaridade, estão desempregados. Ao mesmo tempo, segundo o documento, somente 9,4% dos analfabetos pobres não possuem emprego. O estudo engloba as seis principais regiões metropolitanas do país, representando 25% da população brasileira.

Segundo o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, isso se deve a "barreiras do ponto de vista da inserção no mercado de trabalho", entre elas o preconceito. "Não estou querendo dizer, com isso, que não adiante estudar. É um absurdo dizer que não adianta o pobre estudar. Estou chamando a atenção para a dificuldade dos desempregados pobres em encontrar emprego", disse ele.

Na avaliação de Pochmann, o Brasil iniciou, nos últimos anos, um ciclo de expansão econômico com forte geração de empregos na base da pirâmide social, ou seja, para a população com renda mais baixa. "Para os postos de trabalho com salários mais elevados, que seriam objeto de ascensão de pessoas, sendo pobre, é relativamente fechado. Há um funil para ascenderem", afirmou.

O presidente do Ipea avaliou que, nas contratações feitas pelo setor privado, as seleções são subjetivas. "Não perguntam se a pessoa sabe inglês, mas sim quem visitou Nova Iorque ou Londres no último ano, ou onde a pessoa mora. É uma série de questões muito próxima do preconceito", disse.

Ele observou que a chamada "rede social" também influencia na hora da contratação. "As empresas têm uma lista de pessoas interessadas em trabalhar. Quem forma lista é quem já trabalha, que na maior parte das vezes, são os não pobres. Vai se criando essa rede de relações sociais", declarou.

Para o presidente do Ipea, seria "fundamental" que o país proporcionasse uma expansão do emprego para pessoas que têm maior escolaridade. "Estamos falando de uma política macro e industrial, e de reciclagem dos setores tradicionais no Brasil, que são indústria, comércio e serviços, para elevação de produtividade. Para que o Brasil seja mais competitivo em produtos não primários [que não sejam commodities, como grãos, por exemplo]", afirmou.

Segundo ele, são estes setores que abrem perspectiva de empregos com melhor remuneração. "Acreditamos que os investimentos que começam a voltar são os portadores dos empregos de amanhã com melhor qualidade. Mas há o risco de o Brasil ficar prisioneiro de uma economia de baixos salários, voltada para a exportação de commodities", disse Pochmann.

Alexandro Martello (G1 - 22/09/09 - 11h57 - Atualizado em 22/09/09 - 13h34)


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1313361-5598,00-MESMO+ESTUDANDO+MAIS+POBRE+TEM+DIFICULDADE+PARA+SER+EMPREGADO+DIZ+IPEA.html

Acessado em: 16/11/2009

sábado, 10 de outubro de 2009

Ato de Filiação - Almir Paulo


O Ato de Filiação de Almir Paulo e alguns militantes do Movimento Popular de Jacarepaguá ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) aconteceu no dia 04 de Outubro de 2009. Estiveram presentes ao evento, além dos companheiros de luta do Grupo dos 50, o Deputado Federal Chico Alencar, Jefferson Moura (Presidente do PSOL-RJ), Fladimir (Mov. União Popular), Maria Lúcia Papazian (Assoc. dos Servidores da Santa Cabrini) e Carlos Santiago (Líder do Mov. Gabriela Sou da Paz).

Almir Paulo e um grupo de militantes dos movimentos sociais da Baixada de Jacarepaguá estão construindo uma nova alternativa partidária em um tempo de agudas crises e de forte indução à despolitização. Temos uma história de luta em defesa dos oprimidos e na construção de uma sociedade justa e igualitária. Não podemos nos omitir! Porque, "para o mal triunfar, basta que homens de bem se omitam" Edmund Burke.

Nasce o PSOL Jacarepaguá!

Confira as fotos do evento, ao lado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dirigentes do MTL são condenados à prisão por lutarem pela Reforma Agrária

João Batista da Fonseca, membro da Coordenação Nacional do MTL e presidente do PSOL de Minas Gerais; e Wanduiz Evaristo Cabral, o Dim Cabral, membro da Coordenação Estadual do MTL e da Executiva Estadual do PSOL/MG, foram injustamente condenados a 5 anos e 6 meses de prisão por lutarem a favor da Reforma Agrária. Ambos são vítimas de processos criminais que foram propostos pelo Ministério Público da cidade de Uberlândia em 2001, por ocasião da luta pela desapropriação da Fazenda Tangará.

Condenados em primeira instância por roubo e incitação ao crime pelo juiz Joemilson Donizetti Lopes, João Batista e Dim Cabral foram vítimas agora, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que confirmou a condenação dos mesmos, em decisão no último dia 22 de setembro.

Num segundo processo julgado em primeira instância pelo mesmo juiz Joemilson Donizetti Lopes, João Batista, Dim Cabral e Marilda Ribeiro, advogada e coordenadora do MTL, foram novamente condenados por extorsão, incitação ao crime e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia, os dirigentes do Movimento "se associaram para a prática de crimes, saqueando e invadindo terras particulares, comandando e incitando pessoas à prática de crimes de roubo de gado, veículos, equipamentos agrícolas e objetos pertencentes à Fazenda Tangará. Consta ainda que exigiam das vítimas o pagamento de 30% do salário de aposentadoria percebido, sob ameaça de não receberem pontuação para aquisição de uma eventual gleba de terras".

Os termos desta denúncia do Ministério Público, acatada pela Justiça em Minas Gerais para condenar os dirigentes do MTL revela toda a carga de preconceitos e discriminação usada para destruir a vida de pessoas de bem e preservar o direito de propriedade da terra acima de sua função social.

A Fazenda Tangará, uma área de mais de 5000 hectares, localizada no município de Uberlândia, que era de propriedade da CIF - Companhia de Integração Florestal, uma empresa que recebeu vultosos recursos públicos para o cultivo de eucalipto na década de 70, foi considerada improdutiva pelo INCRA. Em torno de 700 famílias coordenadas pelo MTL ocuparam-na, pela primeira vez, em 1999, que após despejo promovido pela polícia montaram acampamento na rodovia por 6 meses, e a reocuparam em março de 2000. A partir daí se estabeleceu um intenso conflito, que envolveu a polícia, juízes e promotores que sempre atuavam para defender os interesses do latifúndio improdutivo e de tudo faziam para derrotar a luta dos trabalhadores sem terra. Hoje a área é um grande assentamento onde vivem mais de 250 famílias.

É flagrante pelas provas constantes dos autos, inclusive pelo depoimento das próprias testemunhas de acusação, que os acusados não cometeram os crimes pelos quais foram sentenciados. O Juiz criminal ao sentenciar, não agiu de forma isenta, e sim por vingança contra a luta pela desapropriação da Fazenda Tangará. Aquele latifúndio, desapropriado, no curso da instrução criminal, foi o palco de uma grande derrota de um setor conservador da justiça em Minas Gerais que, determinara a desocupação da fazenda, decisão esta, que foi rechaçada, firmemente, pelo então Governador Itamar Franco.

Com exceção do governo de estado à época, ficou clara a aliança dos poderes locais e nacionais contra as famílias dos trabalhadores, os quais, sustentados pela polícia local e pela justiça mineira, tentaram de todas as formas, intimidá-los a desistirem da luta pela desapropriação daquele latifúndio. Como não conseguiram, tentam agora, criminalizá-los.

É preciso impedir a prisão dos companheiros João Batista, Dim Cabral e Marilda Ribeiro. Conclamamos a solidariedade aos lutadores sociais que são vítimas desta inaceitável condenação e a mobilização contra este ato de injustiça e perseguição política.

Movimento Terra Trabalho e Liberdade - MTL

O Melhor Deputado do Brasil

Após ser indicado pelo voto dos jornalistas como o melhor Deputado Federal do Brasil, Chico Alencar disputa agora o voto popular no site Congresso em Foco. Nada mais justo que se confirme esta vitória, pois nosso companheiro Chico é mesmo um grande exemplo de assiduidade, caráter, trabalho, ética e honestidade, dentre tantos outros adjetivos que poderíamos enumerar. Faça a sua parte! Vote no nosso bravo combatente Chico Alencar!

Acesse: http://www.premiocongressoemfoco.com.br/Voto.aspx?trCk=s

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Crianças de 7 a 14 anos não sabem ler e escrever*


“Se você faz planos para um ano, semeie arroz. Se faz planos para dez anos plante árvores. Se faz planos para cem anos, eduque, instrua o povo.”

Um quadro estarrecedor da Educação no Brasil demonstrada pela Síntese dos Indicadores Sociais 2008 – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira – feita pelo IBGE. 52% dos analfabetos de 15 anos ou mais estão no Nordeste. Soma-se o fato que em 2007, 2,1 milhões das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüentavam escola e não sabiam ler e escrever. Com esses dados uma indagação: como atingir a universalização e a melhoria da educação primária que é uma meta a ser alcançada até 2015 pelos países signatários dos Objetivos do Milênio? Esse quadro na Educação requer enérgica ação da sociedade brasileira e pressão popular contra a negligência da elite e da classe dirigente do país.

52% dos analfabetos de 15 anos ou mais estão no Nordeste

O Brasil ainda contava, em 2007, com 14,1 milhões de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade - uma taxa de 10% (em 1997, a taxa era de 14,7%). O rendimento familiar é importante na questão do analfabetismo. No conjunto da população que vivia com rendimento familiar per capita de até meio salário mínimo, cerca de 18% eram analfabetos em 2007; já nas classes de rendimentos superiores a dois salários mínimos, o percentual era de 1,4%. O fenômeno do analfabetismo também está bastante relacionado às áreas rurais. A taxa rural (23,3%) era três vezes maior que a urbana (7,6 %).

Em 2007, 2,1 milhões das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüentavam escola e não sabiam ler e escrever

Embora entre as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade, faixa etária correspondente ao ensino fundamental, o ensino esteja praticamente universalizado (97,6%), os resultados da pesquisa mostram que este alto índice de freqüência à escola nem sempre se traduz em qualidade do aprendizado. Entre as 28,3 milhões de crianças de 7 a 14 anos, que pela idade já teriam passado pelo processo de alfabetização, foram encontradas 2,4 milhões (8,4%) que não sabem ler e escrever. Isto não significa que estas crianças não estejam na escola: 2,1 milhões delas, ou seja, 87,2%, das que não sabiam ler e escrever, freqüentavam estabelecimento de ensino. Deste grupo de 2,1 milhões, 1,2 milhão vivia no Nordeste do país. Entre as crianças de 10 anos, idade adequada à 4a série, que não sabiam ler e escrever, 85,6 % destas crianças estavam na escola. Chama atenção o número de crianças de 14 anos fora da escola, cerca de 204,8 mil.

Para reflexão dos flamenguistas, Botafoguenses, vascaínos e tricolores...

Os jogadores do time profissional do Flamengo faturam alto entre luvas e salários mensalmente. Uma fortuna para quem não joga nada e faz a galera rubro-negra sofrer. Veja o que ganha algumas feras do time:

Fábio Luciano é o jogador rubro-negro mais bem pago, fatura incríveis R$ 301 mil reais; Ibson recebe R$198 mil; Kléberson R$ 190 mil; Josiel R$ 194 mil; Juan R$ 183 mil; Bruno R$ 174 mil; Léo Moura R$ 157 mil; e Obina embolsa R$ 115 mil.

Enquanto isso uma professora do Estado ou da Prefeitura fatura uma mixaria, não pode nem ficar de chinelinho em casa porque tem que corrigir provas e preparar as aulas e ainda tem que bater um bolão em sala de aula todos os dias.

*Almir Paulo

As garras fascistas querem privatizar as escolas e hospitais municipais*


“Toda vez que nos aproximamos por demais do monstro que queremos combater,
corremos o risco de nos tornar iguais a ele.” (Nietszche)


Você, caro leitor, se lembra de na campanha o senhor Eduardo Paes declarar que desejava privatizar escolas, teatros, hospitais, creches, postos de saúde e etc?

Pois é! Ele não disse, mas é o que ele quer fazer ao enviar para a Câmara de Vereadores o Projeto de Lei número 02 de 2009 que autoriza o poder executivo a transferir às organizações sociais (OSs) equipamentos municipais, servidores nestes equipamentos e recursos para funcionamento. É extremamente grave o que quer o prefeitinho com essa lei privatizar a Prefeitura do Rio com patrimônio e recursos públicos.

Essa bendita lei efetiva a pior das privatizações: aquela que o setor privado entra com a vontade e o setor público entra com o seu patrimônio, servidores e muita grana.

Uma análise prática numa escola. A organização privada assume uma escola (pode assumir várias ao mesmo tempo?) recebe o prédio, os professores, a merenda escolar e os recursos que a Prefeitura hoje aplica na escola. Isto é intervenção e significa um retrocesso educacional. Hoje elegemos os diretores de maneira democrática, com este projeto teremos pessoas de fora da realidade escolar, para dirigir as escolas, com as verbas municipais. E quem serão estas ONG's? Estarão ligadas a quem ou a qual partido?

A lei autoriza que este mecanismo seja aplicado em escolas, creches, postos de saúde, hospitais, centros sociais, vilas olímpicas, equipamentos culturais, empresa de limpeza urbana e de iluminação pública, etc. Esse processo vai além da privatização clássica, onde o setor público licita uma empresa sua e o setor privado a assume pagando, e depois aplicando seus recursos. Vai além da terceirização, onde o setor público através de uma licitação define um serviço a ser prestado como limpeza, vigilância, etc. Esta estratégia na verdade é distribuição de dinheiro público e de cargos.

Não há exemplo no Brasil de uma lei como esta, em que se criam segmentos privados dentro do setor público com patrimônio, pessoal e dinheiro, públicos. Cabe aos vereadores, aos partidos políticos, aos servidores municipais diretamente ou através de suas associações e sindicatos interromperem a tramitação deste projeto de lei, arquivá-lo liminarmente, de forma a impedir a maior sangria que se possa ter feito no Brasil contra o setor público. Seria um escândalo de enormes proporções e inacreditavelmente autorizado por lei.

Nasce um cínico e mais um novo fascista na Cidade Maravilhosa.

*Almir Paulo

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Brasil tem deficiências na Educação*

“Não basta que tenhamos sido bons, quando deixarmos o mundo. É preciso que deixemos também um mundo bom” (Bertold Brecht)

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou no dia 25 de novembro o Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, no qual analisa
dados de 129 países do ano de 2006 referentes a matrículas no ensino primário, analfabetismo de jovens e adultos, além de repetência e evasão escolar e paridade entre gêneros no acesso à escola.

O Brasil aparece no relatório em 80º lugar, entre 129 países, ficando atrás de Cuba, Argentina, México, Bolívia, Equador, Venezuela e Paraguai. As nossas deficiências na educação nos permitem ter o índice de 0,901, elaborado com base no Índice de Desenvolvimento de Educação para Todos.

O Brasil tem a segunda maior taxa de repetência escolar na América Latina, com 18,7% na escola primária. Apenas o Suriname tinha o pior indicador, com 20,3%.

Alerta mundial

A Unesco alerta no relatório que o mundo não atingirá os objetivos de oferta e melhoria no ensino para o ano de 2015, que foram fixadas em 2000. Pelo menos 29 milhões de crianças continuarão fora da escola primária (eram 75 milhões em 2006) e cerca de 700 milhões de jovens e adultos permanecerão analfabetos (eram 770 milhões em 2006). A entidade quer que os países ricos doem US$ 7 bilhões, por ano, às nações pobres para investimentos em educação e com isso acelere o ritmo das metas.

Apesar das deficiências e dos baixos investimentos na educação pública, a Unesco prevê que o Brasil conseguirá cumprir a meta de universalização do ensino primário, reduzindo para 200 mil o número de crianças fora da escola em 2015.

Uma luta de todos

As desigualdades educacionais no mundo ameaçam as metas de 2015 da Unesco, em função dos governos dos países em desenvolvimento não investirem suficientemente na educação.
A ONU, a Unesco e os povos do planeta deveriam exigir dos países ricos o perdão das gigantescas dívidas externas das nações mais pobres. A sociedade brasileira precisa entender que o poder da mobilização popular e do voto são armas fundamentais na busca constante por uma educação pública de qualidade e pelo cumprimento constitucional de aplicação dos 25% dos recursos
públicos na educação pelos governos municipais, estaduais e federal. Só o povo organizado é capaz de exigir e garantir mais investimentos na educação. Estamos permanentemente nesta luta.

É a nossa guerra!

*Almir Paulo