quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Almir Paulo com o povo na luta

Sou Almir Paulo: rubro-negro, sagitariano, socialista e poeta.
Comecei cedo minha militância política. A vida na favela Ilha das Dragas, no Leblon na década de 60, e depois na Cidade de Deus foi marcada pelos problemas e dificuldades das comunidades mais pobres, aguçando-me a sensibilidade, levando-me a uma participação crescente na luta popular, na luta pela melhoria das condições de vida, pela democracia e pelo socialismo.

Diante da ausência de canais de participação da sociedade civil, dediquei minha vida, esforço e criatividade à organização e educação popular e contribui na construção de uma história de luta em defesa da causa popular:

Criação do Grupo Cultural Perspectiva (Teatro e Cineclube)

Autor de três peças teatrais e do livro de poesias “Meu Pé de Chão, Poemas”

Engajamento no movimento comunitário, sendo eleito Secretário Geral do COMOCID – Conselho de Moradores da Cidade de Deus (1979 a 1985)

Participação na organização do I Encontro Popular pela Saúde, realizado em 1980 na Cidade de Deus, que impulsionou o movimento das Associações de Moradores e a FAMERJ – Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro

Eleito para a direção da FAMERJ ocupei os cargos mais importantes da entidade: Presidente do Conselho de Representantes (1982), 2º Vice-presidente (1983), 3º Vice-presidente (1985)

Em 1987, fui eleito Presidente da FAMERJ no seu 3º Congresso, com mais de 1.500 Associações de Moradores inscritas

Durante minha gestão (1987/89) na presidência da FAMERJ fui um batalhador incansável na defesa dos interesses das comunidades e dos trabalhadores, tendo desenvolvido inúmeras lutas em defesa da Educação, Saúde, Habitação, Posse da Terra e Transportes

No Governo Brizola-Darcy Ribeiro fui Assessor Especial na Comissão de Assuntos Fundiários trabalhando na regularização fundiário de diversas comunidades ameaçadas de despejo e no assentamento de trabalhadores rurais

No Governo Brizola-Nilo Batista, fui Secretário de Estado de Assuntos Fundiários e Assentamentos Humanos, com atuação firme e coerente, desenvolvi a habilidade de defender os interesses populares através do Programa Meu Pé de Chão e outros projetos voltados para garantir o acesso a terra para a população de baixa renda. Foi um momento de intensas lutas garantindo conquistas fundamentais na luta pela posse da terra no campo e na cidade em todo Estado do Rio de Janeiro
Consultor e instrutor do Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (2006 a 2008)

Secretário da Associação dos Servidores da Fundação Santa Cabrini (2008/09)

Fundador e coordenador editorial do Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá (JAAJ) e do Jornal Abaixo-Assinado da Cidade de Deus (JAA-CDD)

Militante do PSOL

Militante e integrante ativo do Grupo dos 50 que discute e debate políticas públicas para a Baixada de Jacarepaguá

Aqui retrato minha história de vida e a minha dedicação às causas populares, sempre com infinita esperança em nossa gente.

Almir Paulo é pra lutar!

A Escola é o caminho da liberdade, do sonho e da utopia*


“Para o mal triunfar, basta que homens de bem se omitam”. (Edmund Burke – Filósofo)

No Brasil do século 21, onde 20 milhões de crianças e adolescentes vivem abaixo da linha de pobreza, a ESCOLA com toda certeza é a solução para a violência e uma vida digna.

A violência e a barbárie é a dura e cruel realidade em que vivem nossos jovens nos dias atuais. A primeira causa de morte entre adolescentes, pelo último censo do IBGE, é homicídio. Há 12 anos, o homicídio vinha em quinto lugar e hoje já supera os acidentes – que vêm em segundo lugar.

A esperança para nossas crianças e jovens, cujas famílias enfrentam dificuldades materiais, é a escola. É lá no espaço escolar a segunda – e talvez a última – chance de encontrar um ambiente favorável a um desenvolvimento pleno e saudável, onde se possa construir a cidadania, valores, ética e, acima de tudo, a fraternidade e a solidariedade. Do contrário, nossas crianças e jovens farão parte das estatísticas de morte por violência.

Meu sentimento é que a violência é também contra a capacidade desses jovens de existirem como pessoas. Não há sonho, nem desejo e muito menos uma utopia e o que existe é a exclusão social como pessoa. O certo, infelizmente, é que a violência apaga o sentido de existir no mundo.

E aí, eu pergunto: que caminho tem um jovem de 14 anos, vivendo a exclusão conjuntamente com seus pais e irmãos, traça uma maconha ou cocaína e põe uma arma na mão? Minha resposta: poucos caminhos que não a maldade. A arma lhe dá visibilidade, poder, prestígio, a “mina” mais gostosa e bonita da comunidade e o incrível tênis da Adidas.

A escola é a saída para as crianças e jovens desenvolverem a capacidade de pensar, de sonhar, de brincar e de buscar modelos saudáveis na sociedade. Portanto, a nossa luta contra a violência e a droga é a construção de ESCOLAS de boa qualidade e de tempo integral.

Almir Paulo


*Texto publicado na 7a edição do Jornal Gabriela Sou da Paz.