domingo, 5 de outubro de 2008

Metas pela Educação

Amigos, de tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar, a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos: fazer da interrupção um caminho novo, da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte da procura, um encontro.” (Fernando Pessoa)



28 de Abril, Dia da Educação

Quem lembrou dessa preciosa data? Na grande mídia nenhuma reportagem sobre o assunto. Aliás, os temas efusivos, da semana de 28 de abril a 2 de maio, na mídia foram a bacalhoada entre o Ronaldo Fenômeno e travestis, o absurdo e a crueldade do austríaco Josef Fritzl, o maníaco de 73 anos, que manteve a filha Elizabeth presa por 24 anos no porão de sua casa, além da final do Campeonato Carioca, o Imposto de Renda 2008 e os detalhes da reconstituição do caso Isabella. Nem uma nota para o Dia da Educação. Nem Lula lembrou, até porque sua política educacional, infelizmente, continua priorizando o ensino universitário em detrimento do ensino fundamental.
É bom sempre dizer, que os governos de Lula, Sérgio Cabral e Cesar Maia não têm como prioridade a Educação e os investimentos são tímidos na pré-escola e no ensino fundamental. Essa política impede avanços no país porque cria um problema estrutural grave que é a falta de qualificação do profissional brasileiro, em função do seu baixo grau de escolaridade. Como ascender sem estudos e qualificação profissional? Como fazer o país crescer?

O Governo Federal propõe finalmente cinco metas para Educação:

1 – Todos de 4 a 17 anos na escola;
2 – Todos lendo e escrevendo até os 8 anos;
3 – Todos aprendendo o que é certo para cada série;
4 – Todos formados no ensino médio até 19 anos;
5 – Todo investimento em educação bem cuidado e ampliado.

Eu defendo mais três metas: Todos na escola em tempo integral até os 17 anos; Piso salarial para os mestres de 10 (dez) salários mínimos; e Democratização das escolas com a criação de Conselho Escola-Comunidade.

Um comentário:

Adriana Rocha disse...

Boa noite,
sou Professora(Química, Física e Matemática) da rede Estadual de Educação,e digo que só as metas se não forem bem trabalhadas não adianta.
O problema se agrava quando as normas são ditadas por profissionais ausentes da sala de aula, não conhecem a realidade do nosso aluno.Para se ter noção, tenho alunos no 3º ano do E.M. que não sabe regra e três,números fracionários,transformar da unidade L para mL, aí vem a pergunta como conseguiu chegar lá?
temos que repensar a metodologia de avaliação.A responsabilidade que os professores da Educação Básica estão tendo para com os alunos.A falta de acompanhamento familiar também é um grande agravante,mas como se as vezes os pais são quase analfabetos? ou ainda trabalham por demais para sustentar a família.São vários fatores que influenciam diretamente na educação e formação do aluno.Precisamos antes de tudo fazer um senso verdadeiro apontando as causas do fracasso escolar(professores,diretores e alunos)para então começarmos juntos(com professores,diretores regentes)apontar possíveis oluções.
Podemos começar valorizando a EDUCAÇÃO base para toda a vida.
Conte comigo nessa luta.
Abraços
Ana Caldatto